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Dia mundial da Água, o futuro das reservas superficiais de água em Oeiras

A data foi sugerida na Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento de 1992.

Cheia do Rio Canindé em Oeiras. Foto: Emanuel Vital

 Cheia do Rio Canindé em Oeiras. Foto: Emanuel Vital

O Dia Mundial da Água é comemorado, todos os anos, no dia 22 de março. A data foi sugerida na Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento de 1992, e passou a ser comemorada em 1993.

O objetivo dessa data é promover conscientização sobre a relevância da água para a nossa sobrevivência e de outros seres vivos. Além disso, a data é um momento para lembrar a importância do uso sustentável desse recurso e a urgente necessidade de conservação dos ambientes aquáticos, evitando poluição e contaminação.

Neste dia, o folhadeoeiras traz uma mostra da situação de alguns recursos hídricos no município de Oeiras. Nesta, uma demonstração da possibilidade de escassez das fontes e água  

Em pesquisa, a professora Iracilde Moura Fé aponta que no espaço piauiense a ocorrência e a circulação das águas doces no meio ambiente estão associadas ao grande volume de águas subterrâneas, à presença de lagoas naturais, açudes e lagos de barragens geralmente construídos em vales fluviais.

Águas subterrâneas

No que tange o município de Oeiras, o potencial hídrico subterrâneo é considerado médio a forte formando assim muitos "olhos d'água", gerando áreas úmidas chamadas regionalmente de brejos, dando assim origem a riachos e grotas.

Águas superficiais

O principal curso d'água é o rio Canindé, que é um rio temporário. Seu volume de água varia de acordo com o tempo, geralmente está mais cheio no verão e mais seco no inverno período que chove menos. Outras fontes de água presente estão riachos na zona rural, açudes e as barragens Soizão e Salinas.

Rio Canindé

Um problema ambiental que o folhadeoeiras retrata é sobre um dos principais rios do Piauí, o Canindé, que corta o município de Oeiras e está em estágio avançado de assoreamento. A supressão da vegetação ciliar, que vem contribuindo para a degradação de suas margens, além do mau uso do solo por falta de práticas conservacionistas adequadas. Também o regime de chuvas do clima semiárido, por ser altamente concentrado, favorece ainda mais a intensificação dos processos erosivos e de assoreamento dos seus leitos.

O assoreamento do rio Canindé, têm a prática agrícola como uma das suas principais causas, porém não é a única. Os ribeirinhos praticam uma agricultura de subsistência que é secular. Nas vazantes, o pequeno produtor sem ter conhecimentos técnicos, desnuda o solo e depois ateia fogo na matéria seca. Em seguida esse mesmo solo é usado durante anos sucessivos.

Riacho Mocha

Símbolo da colonização do estado do Piauí, o riacho Mocha presenciou o nascer da Fazenda Cabrobó as suas margens. O repositório de gado, deu origem ao que seria posteriormente a Vila da Mocha e cidade de Oeiras. Na atualidade, uma reserva d’água que nem de longe demonstra o vigor hídrico que um dia possuiu. Em todo o leito do riacho Mocha em sua parte urbana, constata-se irregularidades com esse marco histórico. Desmatamento, esgoto, lixo, mato, criatórios de animais e construções irregulares estão entre os vários problemas observados.

O que se tem percebido é que pouco tem sido feito para mudar essa realidade em Oeiras. Nenhuma lei ou atitude mais prudente tem sido eficaz na tentativa de barrar esse desastroso dano a esse manancial de água.

De uma só vez a cidade está prestes a perder dois mananciais de água: o Riacho Mocha já quase morto e o Rio Canindé em processo. Um absurdo para os dias atuais quando se sabe que o futuro no tocante ás reservas hídricas é incerto, muito provavelmente haverá escassez do recurso.

De acordo com a ONU (Organização das Nações Unidas), a escassez de água e a seca devem causar estragos em uma escala que rivalizará com a pandemia de covid-19, e os riscos aumentam rapidamente à medida que as temperaturas globais se elevam.

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