Surtiu efeito mais rápido do que o esperado o puxão de orelha dado por Fausto Silva no Governo Temer no último domingo (25).

Conforme informou o RD1, durante a “Dança dos Famosos”, o apresentador criticou a reforma do Ensino Médio proposta pelo governo federal.

“Os caras iam tirar a educação física [do currículo escolar]. Essa porra desse governo nem começou, não sabe se comunicar e já faz a reforma sem consultar ninguém. Então, o país que mais precisa da educação, faz uma reforma com cinco gatos pingados, que não sabem porra nenhuma, e querem tirar a educação física, que é fundamental na formação do cidadão”, disparou Faustão.

“Aí é quando você percebe: um país como esse que tem a saúde de quinta categoria, não tem segurança, não tem emprego, não tem respeito a profissões básicas. O país que não respeita o professor, o policial, que não respeita o pessoal da área da saúde e que não oferece o mínimo ao seu cidadão. A educação no Brasil já é uma grande porcaria, não pode piorar. Se forem fazer uma reforma importante dessa, façam direito”, completou o global.

Segundo Josias de Souza, do “UOL”, o presidente Michel Temer entrou em contato com o comunicador na segunda-feira (26) para “se explicar”. O peemedebista enumerou as razões que o levaram a baixar a reforma do Ensino Médio por meio de uma medida provisória.

Temer esclareceu a Faustão que as mudanças vinham sendo debatidas há anos. Disse que não é verdadeira a versão de que a educação física foi excluída do currículo. Explicou que a flexibilização deste será definida na Base Nacional Curricular, a ser discutida por especialistas em 2017. O presidente falou também que a decisão de apressar o debate, editando uma medida provisória, deu-se por causa dos resultados do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica).

Michel Temer ainda se comprometeu a enviar para o apresentador explicações do Ministério da Educação, que devem ser citadas no “Domingão do Faustão”.

De acordo com Josias, durante o telefonema, Fausto Silva recordou seus tempos de repórter, na década de 1980, quando Temer foi secretário de Segurança de São Paulo e concedeu uma entrevista a ele na época.