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Questão ambiental: o mundo perde dinheiro!

Foto: Veja

 Foto: Veja

Por: Genézio Júnior

 

Faz uns 10 dias que o Organização para a Cooperação do Desenvolvimento Econômico (OCDE), o chamado clube dos ricos que o Brasil quer entrar, afirmou  que a onda de baixo crescimento que atinge o planeta, e dever perdurar até 2021, se deve, em grande parte, por conta da chamada digitalização da economia, as disputas econômicas e face as mudanças climáticas, principalmente.

Nesta segunda-feira, 2 de dezembro, se inicia em Madrid, na Espanha, a 25ª edição da Conferência das Nações Unidas (ONU) sobre mudanças climáticas. O evento começa sob grande pressão, pois o Acordo de Paris foi montado para evitar que até o final do século 21 o planeta aquecesse a 1ºC, mas agora os especialistas  estão dizendo que vamos aquecer até 3ºC, se continuarmos com essa tocada. O problema é que quem causa mais aquecimento no mundo são os 20 países mais ricos do Planeta, apesar de saber que o grupo do 7 super ricos são os que mais complicam a cena planetária.

Nesse sábado, o senador Confúcio Moura (MDB-RO), vice-presidente nacional do MDB, um homem da Amazônia, experiente, participando da Convenção Nacional de Núcleos do MDB, disse que fazer ambientalismo bem feito não tira votos, pelo contrário, dá votos. Ele defende que se explore economicamente as regiões periféricas da Amazônia, mas destaca que a questão da água, o paisagismo, a coleta do lixo, as energias renováveis são boas janelas, as pessoas sofreram nas grandes cidades com racionamento de água. Confúcio foi simples, mas no ponto, especialmente vindo de alguém que está fora da polarização nacional.

O Presidente Jair Bolsonaro acusou no final da semana o ator hollywoodiano Leonardo DiCaprio de financiar a WWF, famosa ONG internacional preservacionista, que teria bancado os brigadistas acusados de terem colocado fogo na mata de Alter do Chão, no Pará. Nada está confirmado que de fato isso aconteceu. O astro americano negou que tivesse dado dinheiro para essa ação e afirmou que vai continuar apoiando ações preservacionistas. Ficou a imagem de que nosso presidente se baseou em informações nada consistentes.

Estamos começando, em breve, a segunda década completa do século 21 com o chamado clube dos ricos afirmando, categoricamente, que o Mundo está perdendo dinheiro com a questão ambiental. 

Neste momento em que o preço elevado da carne, que infelizmente tende a atingir o preço de outras proteínas animais, não é ajuizado arrumar mais problemas, mas na política quando os agentes miram outros alvos, normalmente, querem tirar atenção de problemas maiores para questões nada sólidas e severas.

Bolsonaro sabe que precisa ganhar algum tempo com essa questão do aumento dos preços que envolvem, também, o aumento do dólar e seus reflexos.

Estamos em dezembro, oficialmente, um mês brevíssimo. Há quem diga que apesar de ter mais dias que fevereiro não tem período mais curto entre as épocas do ano. Alie-se a isso, o fato das pessoas ficarem mais amenas no final do ano, os poderes baixam suas armas, entram em modo hibernação. No Congresso, apesar da irritação de alguns, como não haverá grandes votações em jogo não há razões para crer que o governo federal vá sofrer muito se souber ter um mínimo de juízo.

A questão ambiental, destaque-se, além dos chineses comedores de carne, tem ajudado no aumento o preço do bife. A oposição ainda se achando após a libertação de Lula, não  conseguiu, ao que se vê, montar uma estratégia para deixar a cabeça das pessoas martelando com algo que fustigue Bolsonaro no início de 2020.

Goste-se ou não, a questão ambiental vai mexer muito com nossa política ao longo dos próximos meses, muito além da crise das queimadas do início do semestre.

O astro americano negou que tivesse dado dinheiro para essa ação e afirmou que vai continuar apoiando ações preservacionistas / Foto: VEJA

O astro americano negou que tivesse dado dinheiro para essa ação e afirmou que vai continuar apoiando ações preservacionistas / Foto: VEJA

Emanuel Vital

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