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Alunos do Instituto Barros em Oeiras produzem revista em quadrinho para contar história de Niède Guidon

Crédito: Divulgação

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Alunos do Instuto Barros de Ensino, escola particular de Oeiras, Sul do Piauí, contam a história da arqueóloga Niède Guidon em história em quadrinhos para lá de interessante, que não faria vergonha nenhuma a Martin Goodman, criador da Marvel, ou aos brasileiros Ziraldo e Maurício de Souza. A produção surgiu da aula de literatura do professor Vivaldo Ferreira Simão.

A ideia surgiu do desafio de estudar e debater com os alunos dos Ensinos Fundamental e Médio sobre as lutas da arqueóloga franco-brasileira Niède Guidon pela preservação do patrimônio arqueológico existente na região de São Raimundo Nonato, onde se encontram vestígios da origem do homem americano. “Em nossos estudos conhecemos também o lado ambientalista da Niède e seu engajamento com questões sociais. Após os estudos, percebemos que a Niède é uma espécie de heroína contemporânea, que luta contra muitos ‘inimigos’: a falta de apoio e de conscientização sobre a importância de preservação do patrimônio histórico, cultural e ambiental, a resistência na aceitação da sua teoria da origem do homem americano, embora as evidências sejam tantas, dentre outros”, revela Vivaldo.

A prova da matéria ficou super divertida. “Propus, como trabalho de avaliação de aprendizagem, que criassem uma história em quadrinhos, já que é um gênero bastante conhecido de todos eles, com os elementos típicos. Os herois, Niède e a equipe Arkeo-logos, e vilões, o cientista maluco americano Doctor Robert Bering, o monstro Cabeça Dura, o caçador Raimundo Mataonça e o político Fernando Malacheia. Além de objetos mágicos, como o colar da capivara, superpoderes, etc.”, acrescenta o professor.

O produto final superou as expectativas do professor e sua equipe. “Primeiros eles criaram os personagens e a partir deles elaboraram, coletivamente, os diálogos e ações do roteiro. Eu mediei a criação do roteiro. Fomos debatendo o que manter ou retirar da história, até chegarmos ao roteiro final. Depois disso, foi a vez que ilustrar”, lembra Vilvado Simão.

Os alunos puderam mostrar que são talentosos. “Eu já conhecia o talento de alguns alunos para o desenho. Raul Silvestre já produzia tirinhas e alguns desenhos e pinturas. Emíllya Fernanda também desenha e pinta bastante. Outros, como Lucas Ariel, Kelson Jr e Luís Gabriel eram talentos que eu não conhecia, mas os próprios colegas os indicaram, por já conhecerem seus desenhos”, enumera o professor de literatura.

"Vaquinha" para lançar revista

Ao todo participaram 26 alunos do 9º ano do Fundamental e 1º ano do Médio. A base do roteiro foi produzida por 11 alunos e os desenhos por 4 deles, mas todos os outros colaboraram, opinando sobre o texto.

Agora a turma parte para financiar o lançamento da revista. “Após produzirmos a revista, pensei: o trabalho não pode parar aí. Então apareceu a oportunidade de reaproveitá-lo através de uma proposta do SEBRAE de promover o empreendedorismo entre alunos da educação básica, através dos projetos JEPP e Despertar. Reuni os mesmos alunos e propus que eles conseguissem fundos para que publicassem a revista e organizassem o evento de lançamento. Eles criaram então a Capivara Marketing & Publicidade. Como sou cantor, ofereci a eles um show, sem cobrar cachê, para que eles vendam mesas e levantem fundos, mas propus que eles buscassem outros meios. Eles estão fazendo rifas e uma campanha de crowdfunding, uma espécie de vaquinha virtual. A missão da empresa é conseguir arrecadar 5.300 reais para cobrir os custos envolvidos com a publicação da revistinha, que vão desde o registro do ISBN até a tiragem de exemplares e também os gastos com a produção do evento de lançamento, programado para o dia 28 de setembro”, finaliza.

Crédito: divulgação.

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Crédito: Divulgação.

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Fonte: JMN

Emanuel Vital

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