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Piauí entra na zona crítica da ocupação de leitos de UTI Covid, diz Fiocruz

Foto: Tatiana Fortes/Governo do Ceará (15.jul.2020)

 Foto: Tatiana Fortes/Governo do Ceará (15.jul.2020)

A ocupação de leitos públicos de unidade de terapia intensiva (UTI) para adultos com covid-19 está piorando com a rápida disseminação da variante Ômicron. É a percepção dos pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no boletim do Observatório Covid-19 divulgado nesta quarta-feira (26).

Os pesquisadores explicam que, mesmo com uma proporção menor de casos gerando internações em UTI, os números se tornam expressivos por causa da grande transmissibilidade da variante Ômicron, que é mais contagiosa.

De acordo com os dados da Fiocruz, o Piauí passou da zona de alerta intermediário (67%) para a zona crítica, com 82% de leitos ocupados, em poucos dias. O mesmo foi observado em Pernambuco (81%), Espírito Santo (80%), Goiás (82%), Rio Grande do Norte (83%), Mato Grosso do Sul (80%) e Distrito Federal (98%).

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O aumento no número de internações também já levou 12 estados à zona de alerta intermediário, em que entre 60% e 80% dos leitos de UTI estão ocupados. 

"Não se pode ignorar que o quadro está piorando, apesar de estar claro que o cenário com a vacinação é muito diferente daquele observado em momentos anteriores mais críticos da pandemia, nos quais se dispunha de muito mais leitos", diz o boletim, que pondera que pessoas totalmente imunizadas são pouco suscetíveis a essas internações, mas comorbidades graves ou idade avançada podem deixá-las vulneráveis.

Situação nas capitais

Entre as 25 capitais com taxas divulgadas, 9 estão na zona de alerta crítico: Porto Velho (89%), Rio Branco (80%), Macapá (82%), Fortaleza (93%), Natal (percentual estimado de 89%), Belo Horizonte (95%), Rio de Janeiro (98%), Cuiabá (89%) e Brasília (98%). Teresina está entre as 14 capitais que estão na zona de alerta intermediário, com percentual estimado em 79%. Junta-se à capital do Piauí: Manaus (75%), Boa Vista (70%), Palmas (69%), São Luís (64%), Maceió (65%), Salvador (67%), Vitória (77%), São Paulo (71%), Curitiba (71%), Florianópolis (69%), Porto Alegre (60%), Campo Grande (79%) e Goiânia (75%).

Ampliação de leitos de UTI

Diante da situação de piora, muitos estados ampliaram o número de leitos de UTI, a exemplo do Piauí. Segundo o boletim da Fiocruz, entre os dias 17 e 24 de janeiro foram registrados acréscimos de 144 para 151 no Piauí no número de leitos de UTI SRAG/Covid-19 para adultos. O mesmo aconteceu no Tocantins (87 para 100), Maranhão (152 para 176),  Ceará (238 para 328), Pernambuco (952 para 991), Alagoas (143 para 162), Bahia (545 para 580), Minas Gerais (2.102 para 2.120), Rio de Janeiro (1.378 para 1.438), Paraná (477 para 594), Mato Grosso do Sul (129 para 143), Mato Grosso (160 para 201), Goiás (173 para 187) e Distrito Federal (42 para 56). 

"Há ainda uma proporção da população que não recebeu o reforço e assim fica mais suscetível a formas mais graves da infecção com a Ômicron e, principalmente, há uma parte da população não vacinada, muito mais suscetível. Em pleno verão, são comuns os registros de aglomerações, a negligência com o uso de máscaras de boa qualidade, bem como o desrespeito à necessidade de isolamento por tempo adequado na ocorrência ou suspeita de ocorrência da infecção" justifica a Fiocruz na Nota Técnica.

E complementa:  "É fundamental empreender esforços para avançar na vacinação e controlar a disseminação da Covid-19, com o endurecimento da obrigatoriedade de uso de máscaras e de passaporte vacinal em locais públicos, e deflagrar campanhas para orientar a população sobre o autoisolamento ao aparecimento de sintomas, evitando, inclusive, a transmissão intradomiciliar."

 

MN

Emanuel Vital

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