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Comunicado Público

Em geral, o fenômeno ocorre em regiões urbanas pouco arborizadas.

A Associação Ambiental de Oeiras – AMO – vê com preocupação os aumentos da temperatura e da radiação ultravioleta em Oeiras.

Embora se saiba que há fatores globais no fenômeno da alteração climática, é possível envidar medidas locais, de médio, curto e longo prazo, para enfrentar ou atenuar o problema, se forem feitas boas práticas ambientais, sociais e de governança.  

Oeiras apresenta hoje características de uma “ilha de calor”, isto é, “anomalia térmica, caracterizada por regiões com maior temperatura nas cidades”. Em geral, o fenômeno ocorre em regiões urbanas pouco arborizadas.

Contribui para isso a excessiva pavimentação (asfalto e concreto absorvem calor). A falta de árvores deixa o solo mais aquecido, por causa da ausência de sombra. As árvores também realizam um processo de evapotranspiração - absorvem carbono e liberam vapor de água na atmosfera, ajudando a refrescar o ambiente.

O aumento da temperatura sugere a criação de um plano de arborização urbana, bem assim a criação de áreas verdes públicas, das quais Oeiras é deficitária, a recuperação da umidade dos leitos dos riachos Mocha, Pouca Vergonha e dos Negros e melhor consideração dos recursos hídricos e seus efeitos no equilíbrio térmico.

A quantidade mínima preconizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é de 12 m² de área verde por habitante. A ideal é de 36 m², cerca de três árvores, por morador.

Sendo que a população urbana estimada é de aproximadamente 22.000 habitantes, serão necessárias portanto 66.000 árvores, número que Oeiras pode alcançar, se for adotada política pública nesse sentido, a cargo do Município.

Os picos de temperatura e de radiação ultravioleta apontam também para a necessidade imperiosa de planejamento da expansão urbana, dentro da qual os loteamentos precisam seguir os requisitos legais compatíveis com o equilíbrio do clima e o bem-estar dos moradores.

A AMO compreende que estamos diante de grande desafio, o qual requer união do governo e da sociedade, informações abalizadas, aceitação dos critérios científicos consolidados e adoção de medidas de curto, médio e longo prazo, para superação dos aumentos da temperatura e radiação ultravioleta em Oeiras, que não são fenômenos isolados e quase sempre se repetem nos meses de estio.

Emanuel Vital de Sousa

Coordenador Geral da AMO

 

Rogério Newton de Carvalho Sousa

Coordenador Auxiliar da AMO

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