Hoje é o dia Internacional da Doença de Chagas, uma doença transmitida pelo barbeiro e que pode levar a sérias complicações cardíacas. A doença está diretamente ligada às condições insalubres de moradia, já que o inseto  costuma se alojar nas paredes de taipa ou na palha que cobre as casas das áreas rurais e até mesmo das periferias urbanas.

No Piauí, a maior concentração de casos da Doença de Chagas está na região da caatinga e semi-árido. No início do ano 2000, foi realizado um estudo completo em todos os municípios do Estado com a coleta de 40 mil amostras. Dessas, 2% apresentaram resultado positivo para a doença.

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 Atualmente, está sendo feito um trabalho na região do Vale do Canindé, onde há grande concentração de barbeiros. O parasitologista Vagner Mendonça, que integra o núcleo de pesquisas do CIATEN ( Centro de Inteligência em Agravos Tropicais Emergentes e Negligenciados), explica que está sendo feito um trabalho de identificação de focos e áreas infestadas por vetores e, ainda, a realização de exames sorológicos. Segundo ele, de 5%  a 7% da população pesquisada apresentou resultado positivo para a Doença de Chagas.

A fase aguda da doença pode ser assintomática para muitos pacientes. Mas ela também pode se manifestar por meio de febre persistente, edema na região ocular, vermelhidão no local da picada do barbeiro e dor de cabeça. Já na fase crônica, que costuma durar de duas a três décadas, podem aparecer os sintomas cardíacos, que podem levar até mesmo à morte.

Investir em saneamento e moradia digna é um bom caminho para acabar com a Doença de Chagas, problema típico de áreas pobres e esquecidas pelas políticas públicas de habitação.