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Professores debatem na ALEPI projeto de expansão das escolas de tempo integral no Piauí

Foto: reprodução SINTE-PI

 Foto: reprodução SINTE-PI

Em audiência pública realizada na ALEPI, professores e Governo do Piauí debateram sobre o projeto de expansão das escolas de tempo integral no estado.

A iniciativa serviu para que educadores e Secretaria de Educação (Seduc) apresentassem suas visões sobre o projeto do Governado Rafael Fonteles (PT) que pretende tornar 100% das escolas estaduais em tempo integral.

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O SINTE-PI apresentou críticas ao projeto expansionistas apontando a falta de infraestrutura das escolas e de valorização dos profissionais da educação como grandes gargalos a serem resolvidos, antes de criar novos centros integrais no Piauí.

De acordo com o deputado Mardem Meneses proponente da Audiência Pública, o momento foi realizado após ouvir uma série de reclamações que escuta de profissionais da educação de todo o estado. “Há inúmeras queixas de que escolas foram denominadas de tempo integral, mas na prática nada mudou em relação ao dia a dia daquela escola”, relatou Marden Menezes.

A crítica foi repetida por professores de várias regiões que compareceram à audiência pública. Benedita Moreira Guimarães, do Sinte (Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica Pública do Piauí), resumiu a situação: “No decorrer da implantação das escolas de tempo integral nós não vimos que estas cumpriram com o sentido essencial da escola de tempo integral que é formar o aluno na sua plenitude intelectual, social e cultural”.

Outro ponto criticado pelos professores foi a ausência de valorização e formação dos profissionais. Fábio Matos, também do Sinte, destacou que o salário do magistério piauiense não permite dedicação exclusiva e que é preciso fazer um plano de cargos e salários que seja respeitado.

Já o professor Emanuel Vital, de Oeiras, que trabalha em tempo integral desde a implantação da modalidade no estado sugere cuidar dos atuais centros de tempo integral, antes de abrir novas escolas com este modelo. De acordo com o educador, a última formação oferecida pela SEDUC sobre o tema foi feita em 2009. O educador ainda cobrou valorização financeira para os profissionais. “Os educadores não estão sendo ouvidos nesse processo. Os profissionais estão desmotivados pela falta de valorização. A educação integral é um modelo que dá resultados, porem implantados em escolas sem o mínimo de infraestrutura, com salas inadequadas, sem espaços para prática esportiva, sem bibliotecas, sem laboratórios e cozinhas sem condições de garantir qualidade aos alunos e aos servidores, não contempla uma educação pública de qualidade para professores e estudantes”, destacou o professor.

No curso do debate, Odaly Medeiros, presidente da Central Única dos Trabalhadores do Piauí (CUT-PI) deixou sua contribuição. A SEDUC Piauí esteve representada por seu superintendente executivo, Rodrigo Torres. O Tribunal de Contas do Estado também esteve presente sendo representado pelo servidor, Gilson Soares de Araújo.

 

Redação|Folhadeoeiras

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