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Morre Nêgo Bispo, pensador, escritor e ativista social quilombola piauiense, aos 63 anos

Nego Bispo. Crédito: FERNANDA BARROS

 Nego Bispo. Crédito: FERNANDA BARROS

Negô Bispo faleceu neste domingo, 3. A causa da morte ainda não foi divulgada, mas a notícia foi anunciada no grupo de Whatsapp Núcleo de Estudos Afro Indígenas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) por um conhecido do ativista. O quilombola completaria 64 anos em 10 de dezembro de 2023. 

Ele desmaiou em uma área de lazer na comunidade quilombola Saco Cortume, em São João do Piauí, foi levado ao hospital regional do município, mas não resistiu e faleceu. 

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De acordo com a Comunidade Quilombola Saco Cortume, Nego Bispo enfrentava diabetes e, há alguns dias, estava com a saúde debilitada.

Nascido em 1959, no Vale do Rio Berlengas, Piauí, batizado de Antonio Bispo dos Santos, o militante formou-se pelos ensinamentos de mestras e mestres de ofício do quilombo Saco-Curtume, município de São João do Piauí.

Conhecido como Nego Bispo, o filósofo foi autor de artigos, poemas e dos livros “Quilombos, modos e significados”, publicado em 2007, e “Colonização, Quilombos: modos e significados”, lançado em 2015.

O ativista atuou como liderança quilombola na Coordenação Estadual das Comunidades Quilombolas do Piauí (CECOQ/PI) e da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ).

Nego Bispo se destacou por seu trabalho político e militante relacionados à causa quilombola.

O pensamento de Bispo é uma construção epistemológica a partir da experiência e concepções das comunidades quilombolas e dos movimentos sociais de luta pela terra.

A partir dessa perspectiva, o filósofo desenvolveu proposições que buscam compreender os saberes tradicionais dos povos “afro-pindorâmicos”, uma expressão que ele utiliza para se referir aos descendentes africanos e indígenas/pindorâmicos, em substituição às designações empregadas pelo colonizador.

O Povo

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