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AVC hemorrágico: o que é, sintomas, causas e o que fazer?

Foto: reprodução Hospital Bras[ilia

 Foto: reprodução Hospital Bras[ilia

Segundo o Ministério da Saúde, o acidente vascular cerebral (AVC) acomete cerca de 100 mil brasileiros por ano, sendo uma das principais causas de morte no país. Você sabia que esse é categorizado em dois tipos diferentes? São eles o AVC isquêmico e o AVC hemorrágico. Esse último já representa cerca de 20% dos casos da doença que se popularizou como “derrame”.

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O que é um AVC hemorrágico?

O Dr. Gerson Luís Medina Prado explica que em linhas gerais, um acidente vascular cerebral hemorrágico ocorre quando uma das artérias cerebrais é danificada pelo rompimento ou entupimento de um dos seus vasos, que levam sangue e oxigênio ao cérebro fazendo com que uma determinada região fique sem circulação sanguínea e, portanto, paralisada, provocando hemorragia dentro do tecido cerebral ou entre o cérebro e a meninge.

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Ele informa que quando há sangramento no interior do cérebro, o AVC é chamado de hemorrágico intracerebral; já quando o sangramento é entre as camadas exteriores e interiores da meninge, chamamos de hemorragia subaracnóidea.

A probabilidade de incidência é maior em homens, e na população brasileira o AVC hemorrágico é menos comum que o sistêmico. No entanto, suas taxas de mortalidade são maiores, podendo variar de 40% a 60%. Por isso é importante ressaltar que o tratamento deve ser feito o quanto antes, a fim de que seja maior a chance de recuperação completa. 

O que causa um AVC hemorrágico?

Primeiro, deve-se considerar que há alguns fatores de risco para a ocorrência do AVC hemorrágico e do AVC em geral, como hipertensão, diabetes tipo 2, colesterol alto, dieta pouco saudável, obesidade, tabagismo, idade avançada, histórico familiar, abuso de drogas, e, como já foi dito, ser do sexo masculino.

Quanto às causas propriamente ditas, elas são múltiplas e podem variar bastante. Confira abaixo as principais:

  • Hemofilia ou outros defeitos de coagulação do sangue;
  • Ferimentos na cabeça 
  • Arritmias cardíacas;
  • Doenças das válvulas cardíacas;
  • Vasculite (inflamação dos vasos sanguíneos);
  • Hipertensão descontrolada ou crônico;
  • Aneurisma;
  • Insuficiência cardíaca;
  • Infarto agudo do miocárdio;
  • Uso de anticoagulantes ou antiagregantes plaquetários.

Qual a diferença entre AVC hemorrágico e AVC isquêmico?

”Como já foi dito, o AVC hemorrágico consiste quando há o rompimento de um vaso sanguíneo, que provoca hemorragia, o AVC isquêmico ocorre quando há uma trombose ou êmbolo que obstruem a artéria e impedem a passagem de oxigênio para as células do cérebro. O primeiro é menos comum, representando apenas de 15 a 20% dos casos”, explica o especialista. 

Em termos técnicos, é possível diferenciar os dois tipos por exames de tomografia: os pontos escuros na imagem sinalizam falta de irrigação sanguínea; portanto, AVC isquêmico. Já no caso do AVC hemorrágico, os pontos brancos indicam o local de sangramento. 

Quais os sintomas de AVC hemorrágico?

Os sintomas do AVC hemorrágico, assim como as causas, podem variar bastante, manifestar-se em conjunto e até mesmo se confundir com outras doenças que também causam sangramento dentro do crânio, como hematomas epidurais e subdurais. Dentre os principais sintomas de AVC hemorrágico, destacam-se:

  • Dores de cabeça intensas e repentinas;
  • Dificuldade na fala e incompreensão;
  • Sonolência;
  • Fraqueza e formigamento em um dos lados do corpo;
  • Falta de coordenação motora;
  • Cegueira súbita;
  • Convulsão;
  • Dormência no rosto, mãos e pernas.

O que fazer em caso de suspeita?

Dr. Gerson Luís Medina esclarece ser importante que se identifique, de forma rápida, os verdadeiros sintomas do paciente em questão, para a confirmação de que se trata de um AVC. Para isso, é preciso fazer alguns testes rápidos com a pessoa, como pedir-lhe para sorrir, solicitar que levante ambos os braços, e perguntar informações básicas como nome e idade.

De acordo com o médico, caso um lado do corpo apresentar descoordenação ou disfunção em relação ao outro e as perguntas simples não sejam respondidas corretamente, é provável que seja um AVC. Nesse caso, é necessário chamar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, ou levar a pessoa para emergência mais próxima; devendo ser encaminhada a um hospital imediatamente, já que, quanto mais rápido for o atendimento, maiores serão as chances de sobrevivência e recuperação. 

 

*As informações são do médico DR. Gerson Luís Medina Prado. Clínica Lucídio Portela

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