Conforme o relatório divulgado nesta segunda-feira (8) pelo Observatório Europeu Copernicus (C3S), março de 2024 foi registrado como o mês mais quente já documentado. Este é o décimo mês consecutivo em que se registra um recorde de calor, conforme afirmam os cientistas. Em termos práticos, cada um dos últimos 10 meses foi identificado como o mais quente já registrado em comparação com os respectivos meses dos anos anteriores.

PRINCIPAL CAUSA DO CALOR: O Copernicus relatou que o período entre abril de 2023 e março de 2024 foi caracterizado pelos 12 meses mais quentes registrados globalmente, com uma temperatura média 1,58ºC acima dos níveis pré-industriais do século 19. Os cientistas do observatório europeu destacaram que as principais causas desse calor acima da média são as emissões de gases de efeito estufa. Além disso, o fenômeno climático El Niño também contribuiu para o aumento das temperaturas nos últimos meses.

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MUDANÇAS CLIMÁTICAS: Nos últimos meses, as mudanças climáticas têm sido evidentes em várias regiões do mundo. A seca, por exemplo, resultou em um recorde de incêndios florestais na área amazônica sob jurisdição da Venezuela, entre janeiro e março. Ao mesmo tempo, no sul da África, as colheitas foram devastadas, resultando na situação de fome para milhares de pessoas.

LISTA DE RECORDES

Primeiro, o planeta registrou o mês de junho mais quente da história.

Depois, a marca foi sendo quebrada a cada novo mês: julho, agosto, setembro, outubro, novembro, dezembro, janeiro, fevereiro e, agora, março.

Além disso, o número de dias que ultrapassou o limiar de aquecimento politicamente significativo de 1,5ºC já atingiu um novo máximo, muito antes do final de 2023.

E, para piorar, pela 1ª vez, o mundo registrou um dia com a temperatura média global 2°C acima da era pré-industrial.

Fora tudo isso, julho de 2023 foi tão quente que pode ter sido o mês mais quente em 120 mil anos, enquanto as temperaturas médias de setembro quebraram o recorde anterior em 0,5°C.