Pelo quarto ano seguido em comemoração ao dia da Consciência Negra aconteceu a entrega do Troféu Zumbi dos Palmares em Oeiras.

A solenidade foi realizada neste domingo, 20, à personalidades que se destacaram na sociedade por relevantes serviços prestados a comunidade oeirense. Uma rica discussão sobre a realidade do Negro no Brasil foi um dos pontos altos deste dia.

O debate foi mediado pelo professor mestre do IFPI campus de Oeiras, Petrônio Silva, que coordenou a discussão feita pela Psicóloga Milena Faustino e pelos professores Emanuel Vital e Paulo Henrique.

Na visão dos debatedores há muito ainda pra se fazer para que o negro seja tratado sem descriminação, apesar de já se perceber avanços. Na opinião do professor Doutor do Instituto Federal, Paulo Henrique, as estatísticas mostram claramente que apesar dos avanços, os negros no Brasil ainda são tratados de forma excludente.

Na visão da Psicóloga Milena Faustino, a aceitação de ser negro, parte do principio da educação do individuo, que deve ser ensinado que ser negro, é ser um individuo normal e que apenas caraterísticas biológicas como cabelo, cor da pele e nariz fazem parte de caracteres próprios do povo negro e devem ser aceitos como um padrão de beleza.

Para o geografo e ativista do movimento negro, professor Emanuel Vital, não é fácil ser negro em um país onde este povo sempre viveu à margem da sociedade. “Mesmo que políticas afirmativas não resolvam questões cruciais do povo negro, a sua ausência dessas politicas podem deixar ainda mais profunda as diferenças entre as etnias no Brasil”, destacou.

A entrega do troféu Zumbi dos Palmares é idealizada pelo radialista Josafá Torre Paes Landim que busca a cada ano inovar com a entrega da honraria. Para o comunicador, o troféu não significa apenas a entrega de um brinde, mas este significa acima de tudo o reconhecimento de cidadãos simples que tornaram relevantes de alguma forma a sociedade oeirense.

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