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Os sonhos não envelhecem. Por; Carlos Rubem

 

Numa monumental Audiência Pública havida em agosto de 2013, no CETI Pedro Sá, em Oeiras, o então Reitor da Universidade Federal do Piauí – UFPI, José de Arimatéia Dantas Lopes, manifestou a disposição de implantar um Campus daquela universidade por cá.

Ante aos estudos que estavam sendo empreendidos naquela época, se aventou o seu funcionamento para o ano de 2016, até.

Na ocasião, a classe política e demais setores de prol da sociedade oeirense e de cidades vizinhas, deram uma patente demonstração de sua disposição de superarem toda e qualquer divergência para que se viabilizasse a fixação daquele equipamento em nossa cidade.

Ademais, foi lançada, em dezembro daquele ano, a Campanha “UFPI: Chegou a hora de Oeiras”, consubstanciada num abaixo assinado endereçado ao Governador do Piauí, Wilson Martins; ao Ministro Aluísio Mercadante e ao Deputado Federal Jesus Rodrigues, Líder da Bancada Parlamentar do Piauí, no sentido de se ver contemplado com uma instituição do porte e do prestígio da Universidade Federal do Piauí na sede do Território Vale do Canindé.

Tanto em 2006, bem como em 2009, cuidou-se da doação de uma área suficiente para que isto se desse.

Por fim, ainda em 2013, a Câmara de Vereadores de Oeiras aprovou a Lei 1.755, de iniciativa do Poder Executivo, a doação de uma área de 50ha, do seu patrimônio imobiliário para a implantação da referida instituição de ensino superior.

Não obstante, fomos surpreendidos com a divulgação do inteiro teor do famigerado “Aviso 478”, datado de 18 de dezembro de 2013, dirigido ao governador Wilson Martins e assinado pelo então ministro da Educação, Aloísio Mercadante, o qual, em apertada síntese, expressava o veto às nossas legítimas aspirações acima citadas.

Portanto, há mais de três lustros, temos conhecimento das tratativas para a implantação de um Campus da Universidade Federal do Piauí, em Oeiras, que resultaram em verdadeiro malogro.

É consabido os reiterados cortes das verbas orçamentárias destinadas ao Ministério da Educação – MEC nos últimos governos.

Há Portarias, Decretos, que normatizam as condições para a criação de Campus fora da sede das universidades brasileiras. Reina a burocracia. Em verdade, o componente político permeia a consecução deste objetivo.

Como os sonhos não envelhecem e porque não nós confirmamos pelo estado das coisas, na quarta-feira passada (20.10.2021), fomos recebido em audiência pelo atual Reitor da UFPI, Professor Gildásio Guedes Fernandes, oportunidade em que lhe fizemos considerações acerca desse velho e justo pleito oeirense.

Na presença de seu Assessor de Comunicação, o jornalista Fenelon Rocha, adiantou-me que é meta da sua gestão voltar suas atenções para esta temática.

Também, porque acreditamos ser possível reverter tal situação, retemperados com este renovado ânimo, estamos nos dirigindo a todas e quaisquer forças vivas ao nosso alcance, inclusive e principalmente à classe política, no sentido de nos fazer ouvir e fazer que prevaleça o que fora planejado — com as adequações que se fizerem necessárias —, para que Oeiras possa, efetivamente, contar com a presença da UFPI em nosso meio, oferecendo os diversos cursos listados no procedimento administrativo que ora está hibernado, certamente, nos escaninhos do MEC.

Evidente que para a consecução deste desiderato, devemos mover céus e terras e temos a certeza de contar – e estamos contando – com os nossos representantes populares.

Esta “Invicta Cidade” — de glorioso passado — espera que cada um assuma suas responsabilidades para garantir o seu futuro no presente.

 

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